6 de julho de 2010

Além do fim. Eterno.

Fazer o certo sempre me pareceu mais fácil, bastaria cumprir as regras e eu não estaria correndo riscos.


Dessa vez a regra soou fatal.
Eles me proibiram de te amar.
Eu contrariei e tive que ser irreversivelmente punida.


Você era o meu ar e foi substituído. Agora respiro um oxigênio completamente artificial. Ainda estou viva, mas não estou realmente vivendo, pois aquilo que eu considerava essencial está distante, está caminhando enquanto eu me encontro amarrada nessa mesa de cirurgia.


Eles pensaram que me tirar o ar bastaria, mas eu acredito no nosso amor, e essa fé mantém meu coração batendo.


Eles me cortarão em pedaços, e ainda assim haverá pulsação.
Eles me queimarão e só restarão cinzas, mas ainda assim, não será o fim.
Eles jogarão minhas cinzas ao vento, e eu voarei em sua direção.


Eles podem me tirar tudo o que tenho.
Eles podem me impedir de viver,
mas eles não podem tirar a minha fé.

Eles não podem me impedir de te amar.

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