10 de junho de 2012

Passageira.

Ele caminha lentamente em direção à saída, vezenquando para, olha pra trás e sorri. Subitamente me pego envolvida por uma enorme alegria, passageira, pois logo ele desvia o olhar e segue seu caminho em direção ao longe. Ele sai, pouco a pouco, deixando em mim a mistura entre os sentimentos de saudade e esperança. Antes ele partisse de uma vez, sem olhar para trás.
São nessas paradas que me perco, fico sem saber se devo correr para segurá-lo, ou devo apenas corresponder o sorriso e deixá-lo partir. São nesses olhares que me transbordo com o desejo de fazer tudo ser bom como antes. São nesses sorrisos que me engasgo com gritos e frases de um desespero que não passa, não cessa, não se acostuma nem aceita o fim. O fim que se prolonga, mas que é inevitável.
A mim só cabe as falhas tentativas de fazê-lo ficar, nada é o bastante, é tarde demais.