27 de fevereiro de 2010

Sem fim.

Eu sei que nada é pra sempre, mas o sempre nunca tem um fim
As coisas acabam, terminam e não passam,
E toda vez que eu fechar os olhos vou lembrar,
E nas memórias mais distantes você vai sempre estar
Seus olhos tão vibrantes e gestos cativantes
Não importa o tempo, isso nunca vai ter fim


Eu sei que posso te perder, já não sei se um dia o tive minha mente fantasia, cria e eu não vivo
Mas o que sinto, não sai de dentro de mim
E enquanto eu respirar, ao fechar os olhos vou lembrar
Seus olhos tão vibrantes, e gestos cativantes
Não importa a distancia, isso nunca vai ter fim


Se sei que nada é pra sempre, porque não sei te esquecer?
Se sei que nada tem um fim, porque eu posso te perder?
É que tudo passa, termina e não acaba
A vida muda, o tempo leva mas a historia nunca apaga
Seus olhos tão vibrantes e gestos cativantes
Não importa o porquê, mas isso nunca var ter fim


As coisas mudam, as historias são outras Eu sei que o que senti está dentro de mim, o tempo não para o sentimento também não das lágrimas que a vida cicatrizou o coração não se esquece de alguém que já amou

Pense em mim.

- Pense em mim -

Sempre que ouvir falar meu nome, pense em mim,
Como alguém especial,
Como a história não vivida,
Como o amor imortal...
Sempre que me ver, se esforce para ignorar,
Se não podemos estar juntos é melhor nem respirar
Pois nada mais faz sentido, sem que possa te amar...
Sempre que quiser mande lembranças,
pois somente em pensar me renova a esperança,
E a vontade de te tocar a cada dia mais sufoca...
Já não posso mais fingir,
não consigo mais mentir,
me da a mão vem pro meu lado, temos chance de fugir...
Se nada disso acontece, apenas me prometa:
Pense em mim,
Como alguém especial...
Como a história sem final...
Como o amor impossível, inesquecível e imortal!

24 de fevereiro de 2010

Pensando em você.

Despertei, e antes de qualquer outra coisa tua face vem em minha mente. Meus objetivos já se baseiam em você, tua presença já se tornou fundamental. Chamo pelo teu nome, mas não tenho muitas coisas a dizer, freses aleatórias e tudo o que quero é um pouco de sua atenção. Já se tornou o meu motivo, meu ponto seguro. As tardes longe de teus sorrisos parecem longas, as aulas sem tuas brincadeiras entediantes.
Mais um dia chega ao fim, é hora de dormir e estou aqui, aflita, entre recordações e imaginações sobre nós dois. Sinto-me despertada, tardo a cair em sono. Imagino o que estás fazendo, e um silêncio domina minha mente. Você poderia estar correspondendo aos meus pensamentos, mas com um grito ensurdecedor meu interior responde sem tendências a equívocos que estás apenas dormindo, tranquilamente.
        sem nem ao menos se esforçar
                  para pensar em minha mera existência.

23 de fevereiro de 2010

Incompleto.

A melancolia me abala me consome, porém me inspira.
Meus textos favoritos foram escritos entre prantos, meu interior revelado em meio a desabafos.
Faz tempo que não escrevo, faz tempo que não escorrem lagrimas. Deveria com isso poder afirmar que está tudo muito bem, mas não sei se é exatamente isso.Talvez eu esteja fria. Disposta a enfrentar tudo, acordo novamente renovada e durmo sem muitas novidades. Ou talvez eu já tenha me conformado, as coisas se tornaram comum e as dores já passam despercebidas. Não sei ao certo, e tenho apenas uma certeza.
Ainda falta algo, e tudo o que sei é que ainda espero por isso, busco isso, desejo, sonho e luto por isso.
         Só me falta descobrir
                     o que exatamente poderia ser isso.

11 de fevereiro de 2010

Primeiro amor

Era um sentimento infantil. Algo que me hipnotizava, me vidrava. Uma criança, com pensamentos puros, com desejos saudáveis, era algo bom, mas nem sabia o que era.
O tempo passou, cinco anos depois. Ensino médio. Embora tivesse com expectativas, já avia me conformado de que seria apenas mais um ano normal, de fato está sendo. Mas não posso parar de relembrar o momento em que durante a segunda aula, na segunda semana, quando ninguém ao menos esperava, a porta da sala abriu.
Outra face, outra voz, outro estilo, nova atitude, mas ainda ele.
Entrou, sentou-se longe, com um olhar rápido visualizou a nova sala. Seu olhar parou, não acredito, ele me encarou. Naquele momento pensei que pudesse se concretizar todos os sonhos que tive durante muitas noites, em um tempo que nem sabia a existência dos sentimentos.
Mas então ele desviou o olhar, e apenas tentou acompanhar a aula já começada.
Muitos estiveram em minha mente durante esses anos, mas as lembranças dele nunca partiram. Muitos estiveram ao meu lado, mas no meu peito, apenas ele. Um sentimento camuflado, que veio a tona em questões de segundos. Crescemos, mudamos, mas ainda me lembro do primeiro, do único e verdadeiro, do primeiro amor.

9 de fevereiro de 2010

Momentos

Hoje foi o meu primeiro dia no ensino médio.
Estava parecendo uma criança, contando os segundos para chegar à sala. Pessoas novas, amigos antigos, aventuras que me acompanharão durante todo um ano, mais um, que logo passará, e antes mesmo de perceber, eu estou chegando lá. Chegando ao futuro onde decisões não serão reversíveis, o momento de sair de casa e enfrentar o mundo. Ganhar meu próprio dinheiro, construir minha família. Ser adulta, e automaticamente ser tudo o que essa idade proporciona.
Lembro-me de quando ainda era tudo um mistério. Ser mocinha era um sonho, e não tardou a acontecer. Logo depois veio o primeiro beijo, hoje ao lembrar-me cai em gargalhadas, tão inocente, tão boba. Mas aquele momento marcou, foi único.
Tudo que é novo é bem vindo em minha vida.

Tudo passa rápido,
         mas dura o tempo suficiente para ser inesquecível.

8 de fevereiro de 2010

Na janela uma solução: o suicídio!

Tento adiar isso, como se cada instante apoucado pudesse me proporcionar a coragem que preciso para te enfrentar.
Outro dia vem, e novamente tento me esconder. As paredes impedem minha visão, o travesseiro na face abafa o som dos meus gritos, a janela fechada impede a entrada de luz, sentir o sol representa o extremo, meu limite e o momento do suicídio.
Estou desesperada, não nego. Acreditar que lá fora tudo está sobre controle não me fortalece, pois sei que não está. Sinto-me controlada pela situação e sei que deveria ser o contrario.
Os minutos me desesperam, o ‘tik tak’ do relógio me apavora. Queria parar por aqui, queria voltar onde tudo isso começou, talvez eu pudesse fazer não acontecer.
Gostaria de ter o poder de mudar, gostaria que no amanhã pudesse não restar nada do passado. Mas estou em retrospecto, tudo se repassa aqui dentro.
O erro está gravado em minha mente, está na sua também. Está na mente de todos e eles não param de falar sobre isso.
Talvez o tempo camufle as situações atuais e possa me fazer seguir em frente, mas tudo ainda estará dentro de mim, essas lembranças me perseguirão e por onde eu for, tu ali estarás. Ainda com este efeito sobre mim, capaz de me manipular com poucas palavras ou um simples silencio. Capaz de me atormentar e tirar o pouco controle que tenho sobre mim.
Não sei o que pensar, não sei o que sentir. Já me escondi em todos os lugares, mas não me escondo de nós dois. Estou pensando em uma solução rápida. Abrir a janela pode ser o próximo passo.

7 de fevereiro de 2010

Personalities

Tenho a necessidade de parar de ser uma porcelana e ser mais real. Tenho a necessidade de parar de ser um fantoche e agir por mim mesma.
Mas eu não sou forte o suficiente pra seguir sem aplausos,
quero seu sim, sua aprovação,
e essa minha persistência em tentar ser perfeita aos olhos de todos me faz ter personalidades múltiplas, e acabo não tendo nenhuma.

É difícil atuar constantemente,
                   mas meu publico não permite falhas.

Replay

Parar pra pensar se tornou apenas perda de tempo,
pois o relógio não para e eu estou aqui,
                           olhando fixamente para o nada.

Vejo que em mais um dia, nada mudou.

Ainda são as mesmas dores,
as mesmas dúvidas e ainda a mesma busca ...
Palavras, objetos, lembranças, planos, pessoas, carinhos.
Todas as coisas que procuro se baseiam em um unico objetivo:
a constante necessidade de ser feliz.

Mas tudo parece tão pouco,
           que devo estar trilhando o caminho errado.
Sinto-me presa a uma vida rotineira,
          eu estou presa no replay
e essas cenas já se tornaram tão cansativas.

2 de fevereiro de 2010

Mascaras

O ar está tão seco pela manhã, me sufoca, e o que me resta é a esperança depositada em cada raio de sol. Mas os dias longos terminam ainda pela tarde, quando as nuvens escurecem o céu e escondem minha luz. Sem ar e sem esperança, conformada de uma maneira espontânea, as dificuldades se tornam tão freqüentes que o corpo já adaptado não reage mais a isso. Torna-se uma situação estável, mas sei que poderia estar melhor.
Não encontro o erro, não sei nada sobre o incompleto. Mas minha intuição me diz que nada está nos seu devido lugar e a parte que me falta insiste em se ocultar.
Ainda estou caminhando, mas o desgaste me obriga a parar em cada estação. Vou lentamente e observando ao redor. Vejo aquele sorriso, e tento imaginar o que tem por trás dele. Vejo aquela mãe brigando com a criança e percebo que nem todo o tom autoritário representa força, nem todo sorriso felicidade.  Observei alguns textos meus, percebi que na maioria existe uma longa introdução. Creio não ter muita facilidade em ir direto ao ponto.
Vejo minha introdução como uma maneira de preparação. Ora acredito que seja pelo medo de não agüentar o impacto das verdades que constam em cada palavra diretamente descrita sobre mim. Ora acredito que é o contrario, creio que minha introdução seja para tornar minha mentira mais convincente.
É assim que estou acostumada a fazer diariamente.
São tantas mascaras. Tantas mentiras. São teatros que criamos para nós mesmos. Mas não sei bem quem eu quero manipular afinal, pois logo chega à noite e a solidão me envolve. O ar que já era pouco agora some, os olhos que envolviam estão cheio de lagrimas e o sorriso que cativava, está entre soluços. Sem ninguém para rir da minha fraqueza, sem ninguém para questionar. Eu sou minha única companhia e juro parar por ali. Estou disposta a seguir em frente, pronta a encontrar um estímulo essencial. Adormeço entre os prantos, e acordo ainda desiludida.
Estou disposta a ficar escondida entre o conforto do meu quarto, protegida de qualquer sofrimento ainda maior. Com vontade de viver sem mascaras e demonstrar as verdadeiras aflições. Lavo meu rosto, afasto de mim qualquer vestígio da noite anterior. Ando em direção a cozinha, pensando em como começar o desabafo. Olho para minha família ali reunida para o café da manhã e com um tom exageradamente empolgado a única frase que tenho coragem de dizer é ‘bom dia’.
Meu rosto novamente está com aquele sorriso artificial.
Sei que posso mudar isso, mas ainda não sei como fazê-lo.