8 de fevereiro de 2010

Na janela uma solução: o suicídio!

Tento adiar isso, como se cada instante apoucado pudesse me proporcionar a coragem que preciso para te enfrentar.
Outro dia vem, e novamente tento me esconder. As paredes impedem minha visão, o travesseiro na face abafa o som dos meus gritos, a janela fechada impede a entrada de luz, sentir o sol representa o extremo, meu limite e o momento do suicídio.
Estou desesperada, não nego. Acreditar que lá fora tudo está sobre controle não me fortalece, pois sei que não está. Sinto-me controlada pela situação e sei que deveria ser o contrario.
Os minutos me desesperam, o ‘tik tak’ do relógio me apavora. Queria parar por aqui, queria voltar onde tudo isso começou, talvez eu pudesse fazer não acontecer.
Gostaria de ter o poder de mudar, gostaria que no amanhã pudesse não restar nada do passado. Mas estou em retrospecto, tudo se repassa aqui dentro.
O erro está gravado em minha mente, está na sua também. Está na mente de todos e eles não param de falar sobre isso.
Talvez o tempo camufle as situações atuais e possa me fazer seguir em frente, mas tudo ainda estará dentro de mim, essas lembranças me perseguirão e por onde eu for, tu ali estarás. Ainda com este efeito sobre mim, capaz de me manipular com poucas palavras ou um simples silencio. Capaz de me atormentar e tirar o pouco controle que tenho sobre mim.
Não sei o que pensar, não sei o que sentir. Já me escondi em todos os lugares, mas não me escondo de nós dois. Estou pensando em uma solução rápida. Abrir a janela pode ser o próximo passo.

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