11 de fevereiro de 2010

Primeiro amor

Era um sentimento infantil. Algo que me hipnotizava, me vidrava. Uma criança, com pensamentos puros, com desejos saudáveis, era algo bom, mas nem sabia o que era.
O tempo passou, cinco anos depois. Ensino médio. Embora tivesse com expectativas, já avia me conformado de que seria apenas mais um ano normal, de fato está sendo. Mas não posso parar de relembrar o momento em que durante a segunda aula, na segunda semana, quando ninguém ao menos esperava, a porta da sala abriu.
Outra face, outra voz, outro estilo, nova atitude, mas ainda ele.
Entrou, sentou-se longe, com um olhar rápido visualizou a nova sala. Seu olhar parou, não acredito, ele me encarou. Naquele momento pensei que pudesse se concretizar todos os sonhos que tive durante muitas noites, em um tempo que nem sabia a existência dos sentimentos.
Mas então ele desviou o olhar, e apenas tentou acompanhar a aula já começada.
Muitos estiveram em minha mente durante esses anos, mas as lembranças dele nunca partiram. Muitos estiveram ao meu lado, mas no meu peito, apenas ele. Um sentimento camuflado, que veio a tona em questões de segundos. Crescemos, mudamos, mas ainda me lembro do primeiro, do único e verdadeiro, do primeiro amor.

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