21 de março de 2010

Obsessão

A Obsessão, com sua tranquilidade oriental, bate à porta. Acordo, atordoado, de um sono igualmente tranquilo. Levanto da cama, lavo o rosto, e olho pro espelho: as olheiras ainda estão lá, nem o sono de meses as tirou. Penso em voltar para a cama. Chego até a andar até ela, mas paro. Ouço as batidas na porta, mais uma vez. Tiro todas essas hesitações da minha frente, e abro bruscamente a porta, e grito "Entre! Você é sempre bem-vinda!" Ela entra, sorrindo, e quebra tudo. Joga tudo no chão. Tudo o que foi arrumado enquanto eu dormia. Não sobra nada em pé. A única coisa que sobra é o meu sorriso bobo, observando tudo daquele jeito, mais uma vez.
"Fique o tempo que quiser, Obsessão", digo.

Por Fabio Span, um grande amigo meu.

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