21 de março de 2010

O outono

O primeiro dia de outono. Avistei algumas folhas sendo levadas pelo vento e me senti capaz de fazer um pedido a natureza. Gostaria de me sentir livre, e então olhei o céu, estava mais escuro do que alguns instantes atrás e os trovoes já começaram a ensurdecer a tarde. A chuva logo veio e eu não fiz questão de me esconder. Abri os braços, deixei a água cair sobre minha face, e logo, meu corpo inteiro estava purificado. Eu parecia uma criança brincando na chuva, na verdade gostaria de ainda ser uma. Seres ingênuos, sem preocupação, com pureza e simplicidade, conhecedora da verdadeira felicidade e distante da falsidade humana.
Algumas pessoas me observavam, provavelmente questionavam minha atitude, elas estavam se escondendo pelos toldos e certamente eu estava mais confortável que todas. Pulei, girei, sorri e depois sai correndo em direção a minha casa. O banho me aqueceu, coloquei uma roupa confortável e deitei. Ainda é cedo para dormir, e essa realmente não é minha intenção. Ainda ouço a chuva cair, e peço para que o vento leve minhas lembranças para bem longe, quero ficar bem, nem que seja só por essa noite.

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