21 de julho de 2011

Amor e o seu sinonimo; hipocresia.

Conquistar alguém é fácil, difícil mesmo é mantê-la por perto durante muito tempo. Tudo começa com um olhar, e se concretiza a partir de conversas incrivelmente agradáveis. Então vem o toque, o beijo e por fim a entrega total. Não somente fisicamente, mas justamente no momento que em você está emocionalmente dependente, as coisas começam a mudar. O tom dele se altera, e junto com os desentendimentos vem a insegurança. Creio que a incerteza é o fato principal pra descrever o fim, pois depois que ela começa, nenhuma falha é perdoada e nada é tão belo quanto um dia foi. Mas tem algo que se chama comodidade, e as coisas deram certo por tanto tempo que achamos melhor continuar tentando. Só que aos poucos, de intolerantes as inconveniências se tornam insuportáveis, e é então declarado o fim.
Parece que uma parte de você se foi. É o momento da solidão e você está totalmente perdido, pois durante tanto tempo esquecera como é viver por si próprio. Você se encontra dominado pelas lembranças, sente a dor de um coração partido e chega a pensar que não vai conseguir. Mas tudo não passava de uma questão de tempo, ele passou, trazendo a alegria da liberdade. E é tão bom estar só, um clima tão leve e satisfatório, o momento exato em que você promete não se entregar mais. E de fato, como se o banho de água fria tivesse penetrado sua pele, você está assim, tão disposta a casos descompromissados e tão de mal com o amor. É declarado então um jeito novo de levar a vida: boêmio, poligâmico, pratico. Parece perfeito, ter todos e nenhum de fato. Sem expectativas ou planos, conseqüentemente sem desilusões. Você deixa de se importar, parece tão forte e autoconfiante que nem percebe estar mergulhando no mesmo mar pelo qual se afogara. Dos amantes casuais surge o preferido, e por mais que você tente negar, já está completamente apaixonada. Os outros vão ficando de lado, e ele se torna o único, por um processo lento e discreto, aconteceu. Novamente aquela velha historia tão linda e com final tão trágico. Como um ciclo, isso se repete inúmeras vezes e só termina quando você aceita o comodismo e se adapta a ele. Ai o amor vira hipocrisia, mas pela lei da sociologia está na hora de casar e ter filhos, assim o faz. Não vale dizer que não é feliz, você tem tudo o que precisa e só tem motivos para agradecer. Na verdade você tem quase tudo, ainda falta o fogo que só existe em relações não oficiais. É Não falta mais.

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