20 de agosto de 2011

Tão discretamente inegável.

Hoje nos encontramos por ai, tão propositalmente por acaso. Lembrei de como terminamos, tão repentinamente definitivo. E por mais que nenhuma palavra tenha sido pronunciada, eu pude ouvir os gritos ocultos de cada suspiro nosso.
Não dá pra negar, não posso e você não consegue, não dá pra fingir que tudo de fato está terminado. É algo muito maior que qualquer beijo ou afeto demonstrado, é nítido em cada olhar e respiração falha, nas mãos tremulas e nas idéias embaraçadas. É como a taça de cristal que se quebra com o agudo fino, tão imperceptivelmente cruel. Basta encontrar a sintonia perfeita, e o cristal está partido. Partido como os sentimentos que um dia foram nossos. Partido como as mãos que se juntaram no primeiro beijo, e se separaram na hora do adeus. Partidos como uma vida que metade fica, e a outra metade... Parte.

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